Olá!
Estou inaugurando as postagens de 2018 com um tema interessante e
ao mesmo tempo intrigante. Digo isto devido aos inúmeros comentários que recebo sobre os métodos
de custeio e quase sempre o mesmo questionamento: Qual o melhor método de
custeio para a minha empresa, professor?
Veja bem, antes de comentar sobre os
métodos eu vou responder à questão de uma maneira diferente: o pior método de
custeio é aquele que não consegue atingir o objetivo básico, mensuração dos
custos e o pior, aumenta os custos!
O que você quer dizer com isto
professor?
Quero dizer que a implantação de um (ou
mais) método (s) de custo é semelhante a medicamento, o que serve para uns não
serve para outros, cada paciente deverá receber o tipo e dosagem individual,
após prévia avaliação médica.
É assim que deveria ser em uma empresa,
após um diagnóstico apurado sugere-se o método de custeio mais adequado, que
mais se encaixa na situação proposta. Desta forma uma empresa poderá se adequar
mais com o método de custeio por absorção, a outra com o variável, uma outra
ainda com o RKW, departamento, ou então com o ABC ou TDABC ou ainda algum outro método ou
então um modelo hibrido.
Pois é, imagino ter bagunçado mais ainda a
cabeça de algum leitor que chegou até aqui em busca de respostas, mas para não deixá-los
desapontados vou comentar um pouco sobre as características de QUATRO métodos
mais utilizados pelas empresas.
ABSORÇÃO: neste método ocorre a segregação
dos custos e despesas, mas não do que for fixo e variável. A principal figura
deste método é o Lucro Bruto. O rateio está muito presente na alocação dos
CIFs. Como principal vantagem cito a facilidade de implantação e manutenção.
Como principal desvantagem cito o rateio dos custos indiretos que nem sempre
refletem a realidade da empresa, fazendo com que os custos fiquem distorcidos.
É o único aceito pelo Fisco brasileiro.
VARIÁVEL: neste método ocorre a segregação
dos gastos (custos e despesas) em fixos e variáveis. A principal figura é a
Margem de Contribuição. Conseguimos também implantar a Análise Custo, Volume e
Lucro: pontos de equilíbrio, margem de segurança e grau de alavancagem. A
principal vantagem está nos componentes da Análise CVL, muito útil a gestão. A
principal desvantagem está na dificuldade de implantação da Análise CVL quando
há múltiplos produtos.
DEPARTAMENTALIZAÇÃO: neste método ocorre a
segregação dos gastos por centro de custos, desta forma consegue-se uma visão
mais aprofundada da origem dos custos. A principal vantagem é a alocação dos
gastos aos produtos apenas quando estes passam pelo centro de custo. A
principal desvantagem é manutenção do método, exige disciplina e organização
dos envolvidos.
TDABC: o custeio baseado em atividade e
tempo é um método excelente, se bem aplicado consegue-se resultados satisfatórios. Indicado para empresa com custos indiretos elevados, que exige
sua alocação aos produtos de forma menos arbitrária possível. Quem quiser saber
um pouco mais sobre este método eu tenho um vídeo explicando no meu canal no
youtube https://www.youtube.com/watch?v=-rag3X9JHQs&t=282s como principal vantagem está a possibilidade
de alocação dos custos indiretos de forma mais correta possível aos produtos e
como principal desvantagem está a manutenção dos controles, que exige
disciplina e conhecimento dos envolvidos.
Aqui dei uma pequena amostra de quatro
métodos de custeio e vocês devem ter percebido que, o pode dar certo em algumas
empresas poderá não dar em outras e que a melhor forma é saber onde se pretende
chegar em termos de custeamento para após escolher o melhor método.
Fico por aqui.
Abraço
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