Continuação do início do livro...
Minha irmã a senhorita Inês, uma moça muito bonita, 19 anos, olhos azuis igual ao meu pai, tinha os rapazes sempre aos seus pés devido á ótima combinação de inteligência e beleza, um fenômeno muito raro entre as mulheres, muito parecida com minha mãe e muito correta, sempre dando lições de moral em mim e no meu irmão, namorada de João Lucas, filho de um granjeiro da cidade vizinha de Lenoar, uma cidade básicamente agrícola, formada por granjeiros e pequenos agricultores.
Meu irmão, o jovem Lenilton, conhecido como Lênin, um moleque de 10 anos, amante das peraltices, sempre deixando minha mãe de cabelo em pé, a última dele foi de por uma bombinha no cigarro da professora de matemática, a Sra Marisabel, que ficou com a cara toda chamuscada, não que não merecesse, mas acredito que ele passou um pouco dos limites, e um dos melhores jogadores da equipe juvenil do Fênix, zagueiro muito habilidoso e de cara feia com os atacantes adversários, com certeza no domingo irá estar na primeira fila das arquibancadas que estão sendo montadas no lado deste campo, para me incentivar a ir para cima dos zagueirões do Cobra, como diz ele: - Mano não te assustas e vai pra cima deles e mete uma bucha.
Já que a tontura passou vou para casa, que a minha mãe deve estar me esperando com um sermão pronto. Atravessei a extensão do campo e passei por uma pinguela que da acesso ao nosso terreno, onde tem uma trilha no meio do milharal, e não deu outra, lá estava ela a me esperar no portão:
- Disse que ia no campo treinar as duas e já são oito horas, onde esteve até agora?, perguntou minha mãe visivelmente irritada com a minha demora.
- Fomos até a casa do Petry comer pipoca!, respondi.
- Pipoca!!!, devem ter bebido vinho, se conheço bem aquele pinguço do pai do Petry, e toma banho que a janta esta pronta a mais de uma hora, os teus irmãos já jantaram e foram na tua avó, e disseram que quando tu chegasse era para ir lá.
- Tudo bem mãe, desculpa. Disse meio cabisbaixo.
- E o pai, deu notícias?
- Não. Respondeu minha mãe secamente.- E vai tomar banho de uma vez.
Minha mãe bem que tentava disfarçar, mas a relação dela como o meu pai não era das melhores, estou em dúvida se algum dia foi melhor do que isto, mas o problema é que ultimamente as vindas para casa do meu pai, que trabalhava geralmente em outras cidades, era cada vez mais escassas e o pior é que a minha mãe nem ligava mais.
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